Querida tia Polly e tio Tom,
Posso... Posso Andar! Hoje
eu consegui andar desde minha cama até a janela!
Foram seis passos. Oh, como
é bom estar sobre as pernas outra vez!
Todos os médios estavam em
volta e sorriam, bem como as enfermeiras que estavam ao lado, e choravam... Uma
moça na enfermaria ao lado, que andou na semana passada veio ver, e outra que
esperava andar no mês que vem foi convidada a nossa festa... Estava na cadeira
de rodas, aplaudindo. Até mesmo Black Tilly, que lava o chão, me viu pela
janela, da praça... E me chamou de princesa... Assim que consegui parar de
chorar e falar alguma coisa.
Não sei por que choraram. Eu
tinha vontade de cantar e gritar bem auto! Pense só... Posso andar. Andar! Que
maravilha. Agora não me importo em ficar aqui por dez meses... Nem perdi o
casamento por causa disso. Oh, tia poly, vir até aqui e casar-se ao lado da
minha cama, para eu poder assistir... A senhora sempre pensa nas coisas que me
deixam mais contente.
Em pouco tempo, eles dizem,
vou poder ir para casa. Gostaria de poder caminhar até aí. Gostaria mesmo.
Caminhar é muito bom, deixe-me contente! Estou tão contente por tudo. Estou até
contente por ter ficado sem as pernas por um tempo, porque nunca... Nunca
sabemos como nossas pernas são maravilhosas, até que as perdemos. Amanhã vou andar oito
passos.
Montões de amor para todos.
POLIANNA Leandro, Gleuber e Thiago.
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